As micotoxinas constituem-se em grupo de compostos tóxicos produzidos por fungos que crescem sob condições favoráveis em substratos variados. Cereais e sementes oleaginosas são freqüentemente afetadas por estes metabólitos secundários de fungos, durante a colheita, armazenamento e industrialização. Cerca de 25% do suprimento alimentar mundial é contaminado por micotoxinas. Entre os fatores ambientais que determinam a contaminação destacam-se o excesso de umidade no campo e no armazenamento, temperaturas extremas, estiagem, práticas de colheita e infestação por insetos. Entre os inúmeros fungos, os gêneros comumente envolvidos na produção de micotoxinas em grãos oleaginosas e cereais estão Aspergillus, Fusarium, Penicillium e Claviceps. Dentre as principais micotoxinas de interesse no campo alimentício temos: aflatoxinas, fumonisinas, ocratoxina A, zearalenona, tricotecenos, patulina, esterigmatocistina e outras.
Contaminações: | |
Em grãos, a contaminação pode ocorrer através da infestação de fungos durante o cultivo no campo, ou no período de pós-colheita e armazenamento. Para a contaminação no campo, ambientes de umidade relativa superior a 80%, são altamente propícias. Para grãos armazenados, os fungos demandam quantidades menores de água. |
Prevenção: | |
O controle da proliferação de fungos na massa de grãos fundamenta se em cuidados a serem observados durante as operações de colheita, limpeza e secagem dos grãos, e na sanificação dos graneleiros, silos e equipamentos mecânicos. As principais recomendações para evitar contaminação em grãos são: - Realização da colheita logo após atingido o teor de umidade que permita a operação;
- Ajuste dos equipamentos de colheita para promover o máximo de limpeza e o mínimo de danos mecânicos;
- Limpar os silos e graneleiros e sua desinfecção;
- Realizar de forma correta a pré-limpeza e a limpeza, removendo as impurezas e grãos danificados, finos e materiais estranhos;
- Realizar a secagem de forma correta, diminuindo a probabilidade de ocorrer desenvolvimento de fungos;
- Monitoramento da temperatura da massa de grãos e ventilação, visando uniformizar a temperatura;
- Controlar a infestação de insetos e roedores, pois a proliferação dos fungos está associada ao ataque destas pragas.
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Fonte: setor1 |
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