O perigo dos alimentos: Você consome alimentos orgânicos ou convencionais?

>> quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


O consumo de alimentos sem aditivos químicos, os chamados orgânicos, aumenta na mesma medida da preocupação do brasileiro com os efeitos sobre a saúde de pesticidas, hormônios de crescimento, antibióticos e outros produtos químicos mais usados por agricultores. No entanto, não é apenas isso que seduz os brasileiros. Além de se relacionarem à qualidade de vida, os produtos orgânicos têm forte apelo ecológico. No Acre segundo informações da Ceasa que possui uma rede de produtores, o mais usado é conhecido como convencionais que garante a verdura e outros tipos de alimentos retirados da terra, com ótima qualidade para ser usado no dia a dia pela população acreana.

Geralmente os produtores desses alimentos preocupam-se em preservar o local, onde os mesmos são cultivados. As nascentes de água são protegidas, as áreas desmatadas são reflorestadas, os animais e vegetação nativos são preservados, e não se faz uso de queimadas. Essa á uma regra básica que nem sempre é usada, porém em sua maioria trabalha com este tipo de cuidado. Por tudo isso, é cada vez maior o contingente de pessoas que buscam por esse tipo de alimentação especial. Para se ter uma ideia, há alguns anos atrás a produção agrícola brasileira de orgânicos, era praticamente insignificante. Hoje esses alimentos já respondem por mais de 4%, de toda produção e de acordo com pesquisas no Brasil o mercado está expandindo ao ritmo de 40%, ao ano. No Acre existe a garantia que as hortaliças e derivados, são de ótima qualidade.

Alimentos orgânicos X alimentos convencionais

O emprego de aditivos tóxicos para elevar a produtividade das lavouras, é muito antigo. No ano 3000 a.C., manuscritos chineses já indicavam o uso de arsênico e de enxofre para matar pragas na lavoura. Entretanto, os agrotóxicos industriais somente começaram a ser utilizados durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com a maioria dos especialistas, a aplicação controlada de fertilizantes, defensivos agrícolas e outros produtos químicos não causa danos à saúde, não existindo pesquisas científicas conclusivas que atestem que as ingestões dessas substâncias em pequenas doses através dos alimentos causem males à saúde.

No entanto, o que preocupa esses mesmos especialistas é o uso indevido e/ou abusivo desses produtos químicos, por parte dos produtores, o que pode causar efeitos crônicos, em longo prazo, como determinados tipos de câncer, diminuição da fertilidade (redução do número de espermatozóides), e até a má formação de fetos (esses efeitos foram observados em pessoas expostas a agrotóxicos, em sua maioria agricultores).

De acordo com o biólogo Celson Mendes Sá que faz pesquisa sobre este assunto, o uso de agrotóxicos no Brasil inspira cuidado e no Acre, é preciso antecipar os possíveis problemas. Análises realizadas com o objetivo de medir a quantidade de defensivos agrícolas em vegetais, mostrou que os alimentos recordistas em resíduos, são o morango e o tomate. Além disso, verificaram-se casos de aplicação de pesticida, em culturas para as quais o produto não foi autorizado. Por tudo isso, o Brasil foi incluído num relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), como um país onde há exagero no uso de agrotóxicos.

Os cuidados tecnicamente

Na agricultura orgânica, essas substâncias químicas passam longe. Em vez de utilizar fertilizantes artificiais, os produtores usam geralmente estrume esterilizado, farinha de peixe, de osso, humus de minhoca, adubo composto (que é produzido através de lixo orgânico), entre outros. Para controlar pragas e insetos, os agricultores lançam mão do controle biológico, ou seja, a utilização de insetos predadores, microorganismos e plantas que podem arrasar pulgões, lagartas e moscas que atacam as plantações. As joaninhas, por exemplo, são inimigas dos pulgões, a bactéria Bacillus thuringiensis (BT), aniquila a lagarta da couve e plantas como o alecrim, calêndula e alfavaca-do-campo inibem, respectivamente, o aparecimento das bruxas da couve, do mosquito da ferrugem da cenoura e das cigarrinhas que atacam os feijões.

O Diretor do Ceasa Rio Branco Sérgio Roberto Lopes garante que no Acre os produtos são de ótima qualidade, todos os produtores de hortaliças têm sido bem orientados a população pode comprar com segurança sem perigo de contaminação.
Fonte: O Rio Branco

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